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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

FIM DE DIA



            O sol se punha e o silêncio daquele lugar me alegrou. Sentei-me em um banco de cimento frio. Sozinho, aproveitei a solidão, minha amiga inseparável. Não vi quanto tempo se passou. Senti alguém sentando ao meu lado. Desejei-lhe boa noite, mas não obtive resposta. A pessoa olhava fixo para uma pedra. Eu não tinha percebido, mas era uma lápide e nela estava escrito: “Aqui jaz a meninas dos nossos olhos que chegou ao mundo e tão logo o deixou.” Não dizia o nome de quem estava lá. A pessoa que estava ao meu lado segurava um buquê de rosas brancas. Apertou-o com tanta força que pensei que o ramo fosse se desmanchar. De súbito a pessoa levantou-se e colocou o buquê aos pés da lápide, passou as mãos sobre a pedra fria e seguiu seu caminho. E eu fiquei ali, sem saber ao certo o que aconteceu...

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