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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sozinho em seu quarto...




Sozinho em seu quarto com as luzes apagadas. A chuva lá fora e a solidão dentro do recinto. Que sentimento era aquele que o consumia? Logo ele, um homem centrado, seguro de si? Não poderia dizer, mesmo que soubesse, a resposta. Aproxima-se da janela a fim de abri-la, mas desiste. Volta-se e aproxima-se do abajur. Acende-o. Roupas espalhadas, papéis e fotos em cima da cama. Senta-se e acaricia a pilha,0 desorganizada, de papéis. Um suspiro, imagens invadem sua mente, lembranças que fizera questão de enterrar, agora voltavam para lhe assombrar. Que sentimento era aquele que o consumia? Perguntava-se insistentemente. E mesmo que soubesse não poderia dizer. A chuva lá fora cada vez mais forte agora acompanhada de raios e trovões. Olha em volta. Olha para as fotos de um passado não tão distante e pensa num futuro que jamais terá. Pensa “a solidão é minha amiga e o silêncio é meu companheiro”; se resignaria à companhia de si mesmo e tentaria se mostrar centrado aos outros? Aproxima-se, novamente, do abajur, apaga-o e se entrega a solidão do recinto escuro.

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