"Cidade das Sombras
13 de março de 18...
Cara amiga,
Sei que há muito não escrevo, mas sabes bem o motivo do meu silêncio. Tentei, deveras, seguir só. Enfrentar meu destino solitariamente, mas, como uma vez me dissera, não consegue-se viver só por muito tempo. Em meu peito, minha cara, guardo as mais doces recordações. Em minha memória, guardo a imagem mais bela que já vislumbrei. Guardo, estimada amiga, a imagem do teu sorriso cândido e imaculado. E, perdoa-me o atrevimento, guardo o desejo de tocar teus lábios de mel. Tua imagem me dá forças para continuar vivendo. A esperança de te reencontrar me mantém de pé. As dores, como sabes, são intensas. Prometo a ti, minha amiga, manter-me respirando até o nosso reencontro.
Com toda minha estima,
C."
Ela fechou a carta e guardou-a numa caixinha de recordações.
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